A PAZ DO SENHOR,
GOSTARIA DE COMPARTILHAR COM VOCÊS UM ARTIGO MARAVILHOSO, QUE ENCONTREI COM O SEGUINTE TEMA:
Entendendo o arrebatamento através do casamento
judaico!
Apóstolo
de Cristo, Doutor em Teologia. Secret.Geral do Conselho Apostólico Brasileiro.
Presidente da RAMC-Brasil, Rede Apostólica de Ministérios Cristãos, Presidente
da Comunhão Cristã - Igreja Apostólica. Vice-Presidente para o Brasil da CONELA
- Confederação Evangélica Latino Americana.
Usei as informações deste artigo para preparar uma aula para os Juniores... e comprei candeeiros revesti com feltro , coloquei na ponta um pedaço cortado EVA laranja para representar o fogo aceso e colei o versículo que está em Apoc. 3:11.
para dar a cada um como lembrançinha da aula.
Usei como base Bíblica Mateus 25:1 ao 13.
Entendendo o arrebatamento através do casamento
judaico!
O glorioso futuro do crente
Nosso Senhor era judeu, e Ele fazia
coisas como um judeu. Frequentemente, se consultarmos as leis e costumes
judaicos, vamos achar muitos motivos para atitudes tomadas pelo nosso Senhor.
Vamos considerar aqui os costumes
judaicos relativos ao matrimônio. Obviamente esses costumes variavam de nação
para nação e de tempos em tempos. Inclusive no mundo de hoje, vemos diferentes
padrões sendo acrescentados à cerimônia de casamento, em diferentes países. Os
judeus tem sua maneira peculiar, baseados na velha aliança, e o Senhor, como
veremos, seguiu essas tradições e peculiaridades quando escolheu sua noiva!
Devemos primeiramente notar que entre os judeus, não existe tal coisa
como namoro, ou corte, como observamos hoje em dia. Casamento para eles era uma
matéria legal, estabelecida por contrato e, levada adiante por procedimentos
lícitos e exatos. Esse procedimentos
existem hoje, de varias formas na cerimônia das bodas judaicas, e nos tempos de
Jesus, isso era muito mais complexo e fascinante.
Quando um jovem judeu nos tempos de
Jesus, encontrava a mulher que queria ( ou a mulher que seu pai dizia que ele
queria), ele deveria se aproximar dela com um contrato de matrimônio. Ele
deveria ir a casa dela com uma proposta – com um acordo legal e verdadeiro –
dando os termos pelos quais ele estava propondo o casamento. O mais importante
a ser considerado no contrato, era o preço que o noivo estaria disposto a
pagar, para desposar aquela noiva em particular.
Então o noivo deveria pagar esse
valor. E devemos mencionar que esse valor não era “qualquer valor”, modesto e
barato, mas ele deveria expressar o grande custo que aquele item “a noiva” lhe
traria – essa era a ideia. O jovem não deveria se iludir que estaria adquirindo
algo que não lhe fosse dispendioso – comprando barato. Ele deveria pagar caro,
pela noiva que escolhesse.
Quando esse assunto estava encerrado,
o noivo deveria partir. Ele deveria fazer um breve discurso à sua noiva
dizendo: “Eu vou preparar lugar para você”, e ele deveria retornar à casa de
seu pai. De volta à casa do pai, ele deveria construir para ela uma câmara de
núpcias, uma pequena suíte, na qual eles teriam sua futura lua de mel.
Devemos notar que esse era um
empreendimento complexo para o noivo. Ele deveria realmente edificar um
aposento separado da casa de seu pai. A suíte nupcial deveria ser linda –
ninguém passa a lua de mel em “qualquer lugar”, e ali deveria haver provisões
estocadas, pois noiva e noivo deveriam permanecer sete dias ali dentro ( sete
anos para a Noiva de Jesus!). Esse projeto de construção tomaria praticamente
um ano, e o pai do noivo deveria ser o juiz sobre quando a obra estaria
terminada. (Nós podemos ver a lógica nisso – obviamente se fosse atribuído ao
noivo, ele faria qualquer coisa e logo iria correndo buscar a garota!). Mas o
pai do noivo, que já havia passado por isso na vida, e estava menos ansioso,
deveria dar a palavra final sobre a obra estar terminada, e liberar o noivo
para ir tomar sua noiva para si.
Por sua vez a noiva, estaria obrigada
a esperar pacientemente. Ela deveria gastar tempo em preparar seu enxoval, e
estar pronta quando o noivo chegasse. A tradição mandava que ela
deveria ter consigo uma lâmpada de óleo,
em caso do noivo chegar em altas horas da noite escura, pois ela deveria estar
pronta para viajar de um momento para outro, assim que solicitada. Durante esse
longo período de espera, ela deveria ser conhecida como “consagrada”,
“separada” e “comprada por preço”. Ela era verdadeiramente uma “Senhora à
espera”, mas não havia dúvida sobre o retorno do noivo. Algumas vezes o jovem
poderia se ausentar por período realmente longo, mas obviamente, ele tinha pago
um alto preço por sua noiva, e apesar de haverem outras mulheres disponíveis,
ele certamente voltaria por sua escolhida, com a qual havia celebrado contrato.
A Noiva, nesse período de espera,
deveria usar um véu, sempre que saísse de casa, a fim de que outros jovens
soubessem que ela estava comprometida, e assim não se aproximariam
dela com outra oferta de casamento. (Hoje a Noiva de Cristo deve se apresentar
com um “véu”, “um posicionamento” – aqueles que não compreendem nossa aliança
com o Senhor, tentarão nos oferecer outros contratos, que violariam aquele que fizemos com nosso Noivo. Ela deve resistir aos que ofereçam
traições e aguardar por aquele que pagou o preço por ela!)
Quando o ano vai passando, a noiva
deve convocar suas irmãs e suas melhores amigas, e todos os demais que deveriam ir
com ela para as bodas, quando da chegada do noivo. E todos deveriam ter suas
lâmpadas com óleo prontas! Se nessa altura alguém, vendo o noivo trabalhando
para concluir sua câmara nupcial pergunta-se a ele: “Quando será o grande dia?”
Ele teria que responder: “Só meu pai sabe”!
Finalmente, a câmara nupcial ficaria
pronta, e o noivo deveria então convocar seus jovens amigos, para acompanha-lo
na jornada ansiosa em busca da noiva. O grande momento chegou, e o noivo está
mais que preparado, disso podemos ter certeza. Ele e seus amigos deveriam
entrar pela noite, tentando de tudo para fazer a maior surpresa para a Noiva.
E essa é a parte romântica – todas as
noivas judias eram “roubadas”. Os judeus tinham um entendimento especial do
coração das mulheres. Que êxtase e aventura para ela, ser abduzida, tomada
durante a noite, não por um estranho, mas pelo que a amou tanto que pagou alto
preço para tê-la.
Na casa da Noiva, as coisas deveriam
estar prontas! Pra ter certeza, que a noiva teria a maior surpresa, pois o
noivo tentaria chegar à meia-noite, enquanto ela dormia. Mas as lâmpadas de
óleo deveriam estar prontas, e o véu deveria estar à mão. E enquanto ela dormia
vestida de noiva, ela deveria ser surpreendida com a chegada do Noivo, e pronta
para seguir com Ele.
Agora, existem regras a serem
observadas quanto aos sentimentos de umamulher. O Noivo não poderia simplesmente arrancá-la
de casa dormindo,pois é obvio que
ela estaria dormindo com bobs nos cabelos! Na verdade, quando a turma de jovens
amigos do Noive se aproximava da casa dela, eles eram obrigados a dar a ela um
sinal. Alguém naquela turma deveria dar um grito!
Quando a Noiva ouvisse aquele grito,
ela saberia que seu Noivo chegaria em mais alguns momentos. Ela só teria
tempo para acender sua lâmpada, tomar seu enxoval, e sair com ele. Suas irmãs e
suas amigas, que quisessem assistir às bodas, também deveriam ter suas lâmpadas
prontas. Ninguém poderia andar pela noite escura, no terreno rochoso de Israel,
sem carregar uma lâmpada!
Dessa forma os jovens, deveriam
entrar na casa, e levar as moças consigo. O pai da Noiva, deveria olhar a
situação com outros olhos, verificando se aquele era realmente o rapaz que
havia contratado o matrimônio, e acompanhando a saída do grupo. As pessoas do
povoado certamente seriam acordadas de seu sono, devido à alegria nas vozes dos
jovens carregando sua lâmpadas e fazendo festa pelas ruas, e todos ficariam
sabendo das bodas que estavam acontecendo. Hoje, ouvimos carros buzinando, mas
naquele tempo, eles viam as lâmpadas clareando a noite escura. Os que
observavam, talvez não identificassem a Noiva, pois ela continuava usando o seu
véu. Mas ela voltaria às mesmas ruas uma semana mais tarde, com o Noivo, e
então não estaria mais usando véu. Com o retorno da Noiva junto de seu Noivo,
todo povo saberia quem realmente havia se casado, e entenderiam o verdadeiro
significado daquelas bodas.
Quando o grupo chegasse à casa do pai
do noivo, a noiva e o noivo deveriam entram na câmara nupcial, e trancar a
porta! Ninguém mais poderia entrar. O pai do noivo, enquanto isso, deveria receber os convidados
para as bodas, seus amigos, e estarem prontos para celebrar o novo matrimônio.
Já que o casamento duraria sete dias ( até que noiva e noivo saíssem da câmara
de núpcias), o trabalho era de grande monta. Ocasionalmente os anfitriões
poderiam ficar sem vinho para servir, como lemos em João 2.
Mas as celebrações não começavam
imediatamente. Primeiro, o matrimônio deveria ser consumado. Os judeus eram um
povo sujeito a muitas leis, e a lei declarava que noiva e noivo deveriam se
tornar um só, antes do casamento ser reconhecido. Dessa forma – um dos amigos
do noivo – que chamaríamos hoje padrinhos, deveria ficar à porta da câmara,
aguardando o sinal da voz do noivo. Quando o matrimônio fosse consumado, o
noivo deveria anunciar ao padrinho à porta, e este deveria anunciar as boas
novas aos convidados. Então as comemorações começavam, e deveriam durar toda a
semana!
No final da semana, a Noiva e o Noivo
deveriam fazer sua tão aguardada aparição, para a celebração e o brinde de
todos presentes. Haveria então um delicioso jantar, a ceia das bodas, a qual conhecemos
como a festa do casamento para honrar o novo casal. Nesse momento a noiva se
apresenta sem o véu, pois agora ela já é uma mulher casada, e todos deveriam
conhecer quem era a eleita do noivo. O novo casal e todos os convidados
deveriam então encerrar a semana desfrutando de uma magnifica festa.
Após a ceia das bodas, a noiva e o
noivo deveriam partir, não permanecendo mais tempo na casa do pai do noivo.
Eles por outro lado, deveriam agora ir para sua própria casa, preparada de
antemão pelo noivo. ( A noiva de Cristo ficará por sete anos no céu, na casa do
Pai do Noivo, e então retornar com o Noivo e ocupar o Reino que Ele preparou
para eles)
Quando Noiva e Noivo viajam de volta
pelo povoado, todos os habitantes percebem quem eram os noivos e onde eles
passarão a morar desde então.
Esta é a cerimônia completa do
casamento judaico na época de Cristo, em toda sua glória.